Um lírio no meu jardim
Anuncia a Primavera!
Mas é pra se rir de mim,
Já que 'stá fora da era!
És flor "engana 'stações",
Mas és a mais perfumada!
Enganas os corações:
Com isso não ganhas nada!
Flor que libertas, transformas...
Semente renovadora,
Aparece noutras formas,
Não em flor enganadora!
Por ela, a abelha desliza,
Com'em delicada dança,
Dança ao ritmo da brisa...
A flor sugere temp'rança!
No silêncio, diz segredos,
Mas soment'ao meu ouvido
E fala-me dos seus medos:
Tempo que vai ser sofrido!
Eu, então, pedi-lhe calma,
Que visse meu coração:
Ela viu mais: viu-m'a alma
E ficou em aflição!
Flor que é delicadeza,
Esplendor desd'o botão,
Não sentiu só ligeireza
Que tinha meu coração.
Conhece o ciclo da vida,
Convive com a virtude:
Flor que suavis'a vida,
Já fora da juventude!
Modesto
sábado, 8 de outubro de 2011
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POESIA
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