terça-feira, 22 de julho de 2014

SOLENE ENTARDECER


















À tarde, a aldeia fica em festa,
Perpassam canções que se perdem ao longe!
Há perfumes de tomilho e giesta,
A colina fica só como um monge!

Uma após outra, abrem as estrelas
Belas, lá no alto, com olhitos piscos...
Ecoam cantigas, pelo ar, singelas
E toda a fauna recolh' aos apriscos!

Tenho toda a minha casa aberta,
Para ouvir as rezas de humildades,
Aspirar o perfume da tarde em flor...

Tudo se cala, só o amor desperta!
Na torre da igreja, batem Trindades:
Tempo solene de saudade e amor!

Modesto

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