quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

SAUDADES, MÃE !























Vejo-te num anónimo jazigo
Humilde, ond' a paz se nos revela.
Erguida, junto dum ciprest' antigo,
Contemplo a Cruz, tua sentinela!

Recordo-te e vejo-te comigo!
Estás no parapeito da janela...
És luz brilhante nest' teu abrigo,
Com sorriso, em túnica singela!

Recordo o bem, Mãe, que tu fizeste!
Subiste, nas nuvens, pró lar celeste
Pra m' ensinar os trilhos d' ascensão.

Falo-te, em prece entenrecida,
Do amor que me deste nesta vida,
Das saudades sem fim do coração!

Modesto

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