terça-feira, 10 de outubro de 2017
MATÉRIA E ESSÊNCIA
Cá estou, mais a vida que me resta,
Carne e ossos são a estrutura
Feita de matéria que não presta,
Pois que, depois de morta, não tem cura.
Tud' o que tenho, a vida m' empresta,
Sorvo a luz e o pão d' amargura.
Viver só no corpo, a vida é festa...
Amanhã, espera-m' a sepultura!
No amor ficam os traços da vida
E espero tê-lo na despedida...
Só no amor 'stá minha existência!
Eis, então, o que resta do meu ser:
A alma que deu luz ao meu viver
Com felicidade - Sublim' essência!
Modesto
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