segunda-feira, 17 de julho de 2017
ÀS HORAS DAS TRINDADES
Horas de sombra, silêncio amigo,
Há todo um encanto de humildade.
Abre-s' a porta do abrigo antigo
Pró anjo branco e belo da saudade.
Horas em qu' o coração não vê perigo
De gozar, de sentir com liberdade.
Abre-s' a porta a todo o amigo
Com asas imortais de eternidade.
São horas de compaixão e de clemência,
Dos segredos sagrados da existência,
De ânsias de perdão sempre benditas.
Horas fecundas de mistério casto
E que do céu desce fecundo e vasto
Nesse repouso das luzes infinitas.
Modesto
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