domingo, 2 de novembro de 2014

DA TRIBULAÇÃO À GLÓRIA


























A morte passeia-se p'lo firmamento,
Chora como voz dolorida das fontes,
Fala enternecida como o vento,
Atravessa ribeirões, rios e pontes.

Vem envolvida num capuz cinzento
E saltita pelos píncaros dos montes,
Esconde-se na sombra, a passo lento,
Espreita a terra e os horizontes.

Abre lúgrebe sudário da treva,
Na solidão do manto que se eleva
E, com isto, faz um vestuto altar.

Vem fazer do dia um sombrio rito...
Mas a ' strela aparece no infinito!
Um dia triste? Não! Nós vamos mudar!

Modesto

Sem comentários:

Enviar um comentário

ESPERAR A HORA...

 Queria repousar desta vida de agora E esquecer, no silêncio, a dor que me lacera: Não posso ter em mim o ardor da Primavera, E dentro do me...