sábado, 18 de outubro de 2014
VEM! FOGE DA CHUVA!
A chuva chora em tristeza imensa
E as fontes do jardim cantam, lá fora.
Está frio e a água se condensa...
A chuva sempre que canta, também chora.
Olho p'la janela... Ai! S' ela viesse...
Como gostaria de chamar seu nome!
Pelos meus lábios perpassa a prece:
Vem! A tua ausência me consome!
Anda à chuva! Queria que voltasse.
A chuva cai-lhe p'lo rosto como pranto!
Parece que chora, faz rugas na face,
S'ela voltasse, eu cantaria tanto...
Até os pingos da chuva cessariam,
Para escutar aquele lindo canto,
E as fontes do jardim se calariam...
E as nuvens romperiam de espanto!
Modesto
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Na verdade, do Modesto que conheci, há anos... só esse jeito terno, amoroso, apaixonado, que lembra um passado que o marcou para a vida...!!! Mas a evolução do Modesto poeta...é nítida, é crescente, de um bailado poético-filosófico que me encanta... que entra, se aninha, difunde e alimenta, subtilmente, o imaginário do leitor!!! Lindo! Gostei muito!
ResponderEliminarComo é saboroso perceber que Alguém gosta do nosso trabalho!
EliminarMuito obrigado, Raiana, por mais este aconchego d' alma, que consola quem vive no deserto do retorno, no reconhecimento dos seus poemas! É que são tantos os que visitam este "CANTINHO" e tão poucos os que se pronunciam sobre ele!...
Mas a Raiana deixou-me num grande dilema: É que não sei do que gosto mais - se do meu poema, se do seu comentário tão agradável! Bem haja!