Naquela tarde de calor ardente
Fui-me sentar na margem do meu Rio;
As águas deslizavam mansamente
No leito largo, tépido, macio.
Um momento após, adormecia.
Anda sempre comigo um sono falho
Que de noite não dorme, mas de dia
Até parece um gato no borralho.
Tiv' um sonho! Depois vi apeirias
Eram arados, jugos e cambões,
Ancinhos e sacholas, velharias...
Correndo Rio abaixo aos encontrões.
De repente, acordei sobressaltado.
Olhei aquelas veigas em redor.
Fiquei contente: Tinha-me acordado
O trabalhar ruidoso dum tractor.
Modesto
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