quinta-feira, 8 de março de 2018
À PROCURA DOS MEUS RASTOS
Olho para mim, como s' olhasse um 'stranho,
E choro por me ver tão outro, tão mudado...
É que sofro de um mal e dum mal tamanho,
Sem saber desvendar a causa, com cuidado!
Já não sou o mesmo EU do tempo passado:
Pastor de ovelhas,,, Perdi o meu rebanho!
Não conheço a vida... Tudo 'stá mudado,
É incógnito provir em que me amanho...
Rasgaram a minha alma em tal desgosto,
Nas silvas do abandono,pelo sol posto,
Quando o sol começa a diluir-s' em astros...
E, à beira da estrada, lá muito longe,
Como um mendigo só, ou um santo monge,
Anda meu coração em busca dos seus rastos!
Modesto
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