segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018
POEMA MODERNO
Sou um apaixonado da palavra
E da estética do lugar.
Expresso os meus pensamentos,
Logo que os meus olhos falam
E os meus sentidos saboreiam.
Sinto os odores da vida,
A beleza da Natureza,
Os amores naufragados,
Os sonhos junto ao cais...
Passeio pelos campos e montes
Para ver o pôr do sol,
Ou tocar na neblina matinal,
Voar nas nuvens de lã
E, do alto, enxergar o horizonte
Rendilhado com as cores do arco-íris,
Desvelar os segredos dos montes
E tocar com os dedos nas nuvens...
Fazer uma cabana debaixo dos penedos
E esperar a chegada do amor...
Com os olhos penetrar o horizonte
Que me chama para a festa da vida,
Num banquete silvestre
Com pétalas de preciosidade,
Nas núpcias que me apontam o Infinito.
E, assim, a minha pena
Vai pintando páginas
Com sibilinos audaciosos,
Onde as palavras denunciam o meu íntimo
E, cada palavra, é um desnudar exótico,
No meu porto de mar revolto.
Sinto a planície
Como seara que brota,
Com a ajuda das gotas de orvalho,
O germinar do grão dourado...
Tudo isto é poesia actual
E linda!
Só lhe falta a ARTE!
Apenas se saboreia
A epiderme das palavras.
Modesto
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