sexta-feira, 9 de setembro de 2016

O QUE DEIXO DA VIDA

























Não lancei ao vento os meus desejos!
Mas em versos ritmados no papel,
Com métricas, plasmo os meus ensejos
E os caprichos, tantos, em tropel.

Vou formando com eles as milícias
Com os meus sonhos loucos de poeta,
Não só os dos gozos e das delícias,
Mas também os dos místicos ascetas.

Será ingénua aspiração,
Por mais duma futura geração
Deixar aos vindouros poemas meus?

Para quê? Perguntam-me a miúdo
S' a matéria é o fim de tudo...
Pensem, acreditem na Arte, meus!

Modesto

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