segunda-feira, 29 de agosto de 2016
OS PÍNCAROS DAS MONTANHAS
Agora, deslumbrada alma, perscruta
O tempo geológico int'rior
Desta elevação da crosta hirsuta
Onde rebentam contracções de dor!
Naquele curso da terráquea luta,
Quantos desejos férvidos do amor
Daquela geração de pedra bruta
Dorme agora recalcado de dor?!
Como naqueles relevos orográficos,
Tão inacessíveis aos humanos tráficos
Onde o sol poente ama jazer,
Quem sabe, alma, se o que não existe
Não viv' em gérmen no agregado triste
Dessa síntese sombria do seu ser?
Modesto
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