sexta-feira, 11 de outubro de 2013
O ANOITECER
À noite desce a sombra do mistério,
Estendendo suas asas pelo ar.
E no horizonte do jardim sidério,
Aparece branco lírio - luar.
Da voz do sino, sai reza sensitiva,
Que leva o povo a rezar baixinho,
Pra não acordar a passarada viva
Que dorme na volúpia do seu ninho.
O luar solitário, palpitante,
Segue tranquilo célicas regiões.
E eu sinto tristeza lancinante
Do adeus de nunca mais das ilusões.
Lânguidos queixumes se ouvem na mata,
Correm p'los campos... O bosqu' adormeceu.
Ficou o som longínquo da cascata
E a lua a brilhar no limpo céu.
Noite! Poema d' estrelas! Quem me dera,
Pelo azulado espaço voar!
E, volvendo à remota Primavera,
Tornar a viver ao clarão do luar!
Modesto
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