Se alguém quiser um dia conhecer-me
E entrar um pouco nesta intimidade,
E entrar um pouco nesta intimidade,
Bata na minha porta para ver-me
Que eu lhe darei entrada de verdade.
Nesta verdade humana que sou eu,
Com jardins e lixeiras juntamente:
Há um rosal e um matagal que cresceu
Nesta minha existência inconsistente.
Mas o meu interior vai todo impresso
Nestes versos que são o meu espelho:
Quem os ler e reler desde o começo,
Verá porque tão cedo fiquei velho.
Há imensa poeira nesta estrada
E algum perfume neste meu viver...
Bem perto do caminho, a encruzilhada,
Perto do sol da aurora, o entardecer.
Modesto
Sem comentários:
Enviar um comentário