Eu sentei-me num banco do jardim
E bem perto de mim, sorriam flores,
Ofertando-me beijos de carmim
A fim de aliviar as minhas dores.
Na ramagem das árvores havia
O gorjeio feliz da passarada,
Qu' aos poucos, nest' alma atribulada,
A luz da Primavera oferecia.
A sintonia natural encheu
O meu peito de músicas divinas...
E pareceu-m' ouvir, vindo do céu,
Coro angelical, com vozes finas.
E meu choro - cruel monotonia -
De vez findaram como por encanto.
Vieram os sorrisos d' alegria,
Esta amargura transformou-s' em canto.
Agradeci ao banco do jardim
Às aves, às corolas, à ramagem,
A pureza e paz dum Querubim,
Qu' ao coração me troux' uma mensagem.
Modesto
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