segunda-feira, 4 de julho de 2016

MEMÓRIAS A DOIS



















Doce abandono, ausência meritória
Que em nós conserva uma lembrança pura
Dum passado distante: A viva história,
Como sendo delícia e amargura.

Temos saudades do sílvio dum lamento,
Acre perfume que da doçura emana
e escutamos no perpassar do tempo
Que, sem querer, o desengano engana.

E há saudade das boas recordações
Que aquecem a alma, geram evocações
Que quanto mais nisso se fala, mais inflama.

E gostamos dum versos feitos de emoções
Que fica guardado nos nossos corações
Ascendendo a nossa crepitante chama.

Modesto

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