Sofrer assim, na beleza desta tarde
De Inverno tristonho e doloroso,
Embora o sol brilhe, mas já não arde,
A alma sente um peso poderoso.
Sofrer, ver crianças a brincar na rua,
Rezo uma prece ao Espírito Santo...
Ver rosto e mãos com palidez da lua,
Fico com olhar estrelado de pranto.
Olho em volta e vejo lindas flores,
A mansidão que desce no horizonte!
Lembro beijos da mãe e de meus amores,
Ouço a canção da água na fonte!
Sofrer... e levar a vida que arrefece...
E sentir a amargura desta dor...
E sonhar com o amor que me aquece...
Só cont'o meu segredo a uma flor!
Modesto
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