Tu que sofres na vida, não me leias,
Podes, talvez, sentir desilusão;
Antes pensa na vida das colmeias,
Terás no peito mel e uma canção.
Li e reli meus versos e pensei:
Quem irá entender o que escrevi?
Uma alegria e dor neles deixei,
Em todos ri, chorei, amei, sofri.
Tu não queiras seguir os meus caminhos,
Não te iludas com sonhos de poetas:
São roseiras que só têm espinhos
E a vida nada tem de borboletas.
Talvez um dia, alguém descobrirá
Que também tinham alma e sentimento,
Que foram para muitos um maná
E às almas tristes deram alimento.
Modesto